quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Beber e Dirigir: Casamento de Alto Risco


Algumas experiências Brasil afora, apelidadas de “lei seca”, têm demonstrado que o fechamento de bares às 23 horas reduz, substancialmente, os índices de violência urbana. Em alguns lugares, entre 60 e 70%, conforme notícias veiculadas na TV neste início de semana, comprovando o forte vínculo que há entre álcool e violência.
O mesmo se pode dizer em relação ao trânsito: álcool e direção são responsáveis por altos índices de acidentes no trânsito. Este problema se acentua nesta época do ano, com a chegada do verão e das férias. Em Colatina já se tentou proibir a venda de bebidas alcoólicas nas lojas de conveniência dos postos de combustíveis. Uma intenção até válida, pois visa a prevenção, no intuito de minimizar os tantos acidentes de trânsito que trazem na motivação principal o consumo de álcool.
Obviamente, os postos de combustíveis não são os vilões dessa tragédia que ceifa a vida ou deixa mutilados milhares de pessoas vítimas de acidentes automobilísticos. Também não se pode afirmar que a exclusão das bebidas alcoólicas nessas lojas de conveniências anexas aos postos surtirá o efeito desejado, pois, aquele que quer beber vai encontrar sempre bebida, em qualquer outro local de comércio e, com muita facilidade, nas inúmeras “paradas” de beira de estrada.
Válido mesmo é o esforço para desestimular o binômio álcool e direção. É casamento que, definitivamente, não combina. Importante que as autoridades ampliem a fiscalização para tirar das rodovias os motoristas alcoolizados e não somente os flagrados nas “madrugadas vivas”, sobretudo nos finais de semana e feriados prolongados.
É preciso insistir em campanhas que motivem a tomada de consciência em relação à desastrosa atitude que é beber e dirigir. A pura coibição, sem alguma ação educativa, talvez surta até efeito contrário, pois ninguém gosta de sentir-se proibido, principalmente quando considera a bebida como escape para a liberdade.
Conduzir veículo é tarefa que requer habilidade e prudência, todavia, estes requisitos são facilmente anulados após o motorista ter ingerido bebida alcoólica. Grande parte dos acidentes de trânsito ocorridos no Brasil é conseqüência direta da embriaguez ao volante, isso porque muitas pessoas ainda acreditam no falso poder estimulante do álcool.
Estima-se que 30.000 pessoas morram todos os anos em acidentes de trânsito no Brasil. Segundo o médico Dr. Ronaldo Laranjeira, membro da Faculdade Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo, “esse é o custo social que pagamos por não ter uma política consistente, capaz de evitar que as pessoas bebam e dirijam. Nos Estados Unidos, por exemplo, há quinze ou vinte anos, a sociedade mobilizou-se para que tal comportamento não fosse mais aceito como inócuo, e houve uma queda de mais de 80% da mortalidade, principalmente entre os jovens. O Brasil precisa adotar o mesmo critério, ou seja, transformar o beber e dirigir num crime que possa ser fiscalizado por qualquer guarda. Em todas as cidades, deveria existir um contingente preparado para fazer uso dos bafômetros como rotina, especialmente nos finais de semana.”
Outro médico, o conhecido Dr. Drauzio Varella, lembra que “o Código de Trânsito brasileiro proíbe que a pessoa dirija embriagada, mas falta fiscalização para punir os infratores. Nos países em que leis como essa são respeitadas, o cidadão o faz também por medo da repressão. Se o indivíduo tomar uns goles a mais, for apanhado pela fiscalização e o bafômetro indicar a presença de álcool, será levado para a delegacia, fará exame de sangue e poderá ser preso. No Brasil, a pessoa vai ao bar, enche a cara, pega o carro, comete barbaridades ao volante e sai impune”. Afinal, quem conhece alguém que tenha sido punido por dirigir embriagado?
Para o engenheiro e jornalista Roberto Salvador Scaringella, que trabalha na área automobilística desde 1968, “no oportuno e importante debate que associa o consumo irresponsável de álcool à violência urbana não deve ser esquecido o acidente no trânsito. Continua sendo um desafio obrigar o motorista que ingeriu bebida alcoólica não dirigir. Equivocadamente muitos se julgam melhores motoristas quando levemente, mas ainda perigosamente alcoolizados. O risco é banalizado...”
Independente de algumas pessoas se tornarem mais irritadas ou alegres, em geral, quando bebem ninguém pode prever com precisão seus compor-tamentos. E quando o efei-to passa... pode ser tarde demais
Algumas experiências Brasil afora, apelidadas de “lei seca”, têm demonstrado que o fechamento de bares às 23 horas reduz, substancialmente, os índices de violência urbana. Em alguns lugares, entre 60 e 70%, conforme notícias veiculadas na TV neste início de semana, comprovando o forte vínculo que há entre álcool e violência.
O mesmo se pode dizer em relação ao trânsito: álcool e direção são responsáveis por altos índices de acidentes no trânsito. Este problema se acentua nesta época do ano, com a chegada do verão e das férias. Em Colatina já se tentou proibir a venda de bebidas alcoólicas nas lojas de conveniência dos postos de combustíveis. Uma intenção até válida, pois visa a prevenção, no intuito de minimizar os tantos acidentes de trânsito que trazem na motivação principal o consumo de álcool.
Obviamente, os postos de combustíveis não são os vilões dessa tragédia que ceifa a vida ou deixa mutilados milhares de pessoas vítimas de acidentes automobilísticos. Também não se pode afirmar que a exclusão das bebidas alcoólicas nessas lojas de conveniências anexas aos postos surtirá o efeito desejado, pois, aquele que quer beber vai encontrar sempre bebida, em qualquer outro local de comércio e, com muita facilidade, nas inúmeras “paradas” de beira de estrada.
Válido mesmo é o esforço para desestimular o binômio álcool e direção. É casamento que, definitivamente, não combina. Importante que as autoridades ampliem a fiscalização para tirar das rodovias os motoristas alcoolizados e não somente os flagrados nas “madrugadas vivas”, sobretudo nos finais de semana e feriados prolongados.
É preciso insistir em campanhas que motivem a tomada de consciência em relação à desastrosa atitude que é beber e dirigir. A pura coibição, sem alguma ação educativa, talvez surta até efeito contrário, pois ninguém gosta de sentir-se proibido, principalmente quando considera a bebida como escape para a liberdade.
Conduzir veículo é tarefa que requer habilidade e prudência, todavia, estes requisitos são facilmente anulados após o motorista ter ingerido bebida alcoólica. Grande parte dos acidentes de trânsito ocorridos no Brasil é conseqüência direta da embriaguez ao volante, isso porque muitas pessoas ainda acreditam no falso poder estimulante do álcool.
Estima-se que 30.000 pessoas morram todos os anos em acidentes de trânsito no Brasil. Segundo o médico Dr. Ronaldo Laranjeira, membro da Faculdade Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo, “esse é o custo social que pagamos por não ter uma política consistente, capaz de evitar que as pessoas bebam e dirijam. Nos Estados Unidos, por exemplo, há quinze ou vinte anos, a sociedade mobilizou-se para que tal comportamento não fosse mais aceito como inócuo, e houve uma queda de mais de 80% da mortalidade, principalmente entre os jovens. O Brasil precisa adotar o mesmo critério, ou seja, transformar o beber e dirigir num crime que possa ser fiscalizado por qualquer guarda. Em todas as cidades, deveria existir um contingente preparado para fazer uso dos bafômetros como rotina, especialmente nos finais de semana.”
Outro médico, o conhecido Dr. Drauzio Varella, lembra que “o Código de Trânsito brasileiro proíbe que a pessoa dirija embriagada, mas falta fiscalização para punir os infratores. Nos países em que leis como essa são respeitadas, o cidadão o faz também por medo da repressão. Se o indivíduo tomar uns goles a mais, for apanhado pela fiscalização e o bafômetro indicar a presença de álcool, será levado para a delegacia, fará exame de sangue e poderá ser preso. No Brasil, a pessoa vai ao bar, enche a cara, pega o carro, comete barbaridades ao volante e sai impune”. Afinal, quem conhece alguém que tenha sido punido por dirigir embriagado?
Para o engenheiro e jornalista Roberto Salvador Scaringella, que trabalha na área automobilística desde 1968, “no oportuno e importante debate que associa o consumo irresponsável de álcool à violência urbana não deve ser esquecido o acidente no trânsito. Continua sendo um desafio obrigar o motorista que ingeriu bebida alcoólica não dirigir. Equivocadamente muitos se julgam melhores motoristas quando levemente, mas ainda perigosamente alcoolizados. O risco é banalizado...”
Independente de algumas pessoas se tornarem mais irritadas ou alegres, em geral, quando bebem ninguém pode prever com precisão seus comportamentos. E quando o efeito passa... pode ser tarde demais.




anoticiadeguarulhos.blogspot.com

Nenhum comentário:

Postar um comentário

(22) 2665-1276